Da manteiga da terra a panela de barro

A BR 116 é uma a principal rodovia brasileira, sendo também a maior rodovia totalmente pavimentada do país. Na Bahia, a via interurbana passa pelos municípios de Abaré, Chorrochó, Macururé, Canudos, Euclides da Cunha, Tucano, Araci, Teofilândia, Serrinha, Lamarão, Santa Bárbara, Feira de Santana, Santo Estêvão, Rafael Jambeiro, Itatim, Milagres, Brejões, Nova Itarana, Santa Inês, Irajuba, Jaguaquara, Jequié, Manoel Vitorino, Boa Nova, Poções, Planalto e Vitória da Conquista.

Tive oportunidade de circular entre Feira de Santana/BA até Vitória da Conquista/BA – e verifiquei que o comércio na beira da estrada é intenso: artesanato e panelas de barro preta, manteiga da terra ou manteiga de garrafa, pimentas, cactus e tigelas de madeira.  A manteiga da terra é o carro chefe dos comércios na rodovia – usada na culinária nordestina – para acompanhar uma tapioca, macaxeira, pão e carne do sol.

As barraquinhas improvisadas de troncos secos cobertas por palhas – fazem parte do trajeto.  Quando você encosta o seu veículo próximo as barracas aparece um empreendedor pronto para convencer o viajante a comprar um produto regional.  Alguns produtos são comercializados pelos próprios feirantes – a venda acontece no dinheiro vivo.

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Na fresta da prateleira improvisada a visão do vendedor é aguçada.

Nos quebras molas e na faixa de sinalização da rodovia é possível encontrar vendedores comercializando castanha e umbu. Eles ficam na linha que divide as vias sentindo o vácuo dos veículos e arriscando a vida – gritando: “olheeee a castanha!”; “olheeee o umbu!”; Os produtos são vendidos em sacos plásticos – nos tamanhos pequeno, médio e grande.

Na terra batida com muita poeira os empreendedores informais que não moram na beira da estrada percorrem quilômetros para batalhar o ganha pão de cada dia e sustenta as famílias numerosas.

 

 

 

 

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